quinta-feira, 30 de abril de 2009

Como surgiram os anéis de Saturno?

em quinta-feira, 30 de abril de 2009

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por Yuri Vasconcelos

Até hoje os cientistas não sabem ao certo qual a origem dos gigantescos anéis, mas algumas teorias tentam explicar o surgimento deles. A principal aponta que os anelões, descobertos em 1610 pelo italiano Galileu Galilei (1564-1642), seriam restos de uma lua de Saturno, destruída após a colisão com outro corpo celeste, ou pedaços de um cometa que se aproximou do planeta e fragmentou-se antes de atingi-lo. Se o evento inicial ainda é um mistério, o processo de formação dos anéis já é mais conhecido. Seja como for, desde que foram avistados pela primeira vez, eles atraem a atenção da comunidade científica por sua beleza e peculiaridade, que confere a Saturno um perfil único no sistema solar. Embora Júpiter, Urano e Netuno também tenham anéis, eles são menos numerosos e bem mais tênues do que os de Saturno, o astro das “bijuterias” siderais.

ORIGEM NEBULOSA
Anelões podem ser fragmentos de uma lua ou de um corpo celeste intruso

Há milhões de anos, um imenso corpo celeste de cerca de 200 quilômetros de diâmetro se fragmentou nos arredores de Saturno. Acredita-se que tenha sido uma lua do próprio planeta – destruída após chocar-se com outro astro qualquer – ou um cometa que se despedaçou ao aproximar-se de Saturno.

Ocorre que, em torno dos planetas, há uma “fronteira” conhecida como limite de Roche, que é a distância máxima que um astro pode se aproximar de um planeta e manter-se intacto. Quando um corpo ultrapassa essa fronteira, ele se desintegra. Nossa Lua, por exemplo, só não racha por estar fora do limite de Roche da Terra.

A fragmentação se dá por causa de um efeito secundário da força da gravidade, um fenômeno conhecido como força de maré – embora não seja forte o suficiente para atrair o corpo até a superfície, ela é capaz de estilhaçar cometas, asteroides e até estruturas maiores, como satélites.

Ao longo de milhares de anos, os fragmentos maiores teriam adquirido velocidades diferentes e continuado a se chocar entre si, gerando uma grande fragmentação que acabou ocupando todo espaço disponível ao redor.

Os estilhaços se agruparam em sete grandes anéis, batizados pelas letras D, C, B, A, F, G e E – do mais próximo (D, a 68 mil quilômetros do planeta) ao mais distante (E, a 180 mil quilômetros). Eles foram nomeados alfabeticamente pela ordem em que foram descobertos (A foi o primeiro) e subdividem-se em milhares de outros anéis mais finos.

A relativa estabilidade da órbita dos anéis se dá graças aos satélites de Saturno dos quais eles estão próximos e cuja força gravitacional ajuda a manter os anelões unidos. O planeta possui nada menos que 60 luas conhecidas.

Os anéis são separados por espaços. É o caso da Divisão de Cassini, um buracão de 4,7 mil quilômetros de largura entre os anéis B e A, assim nomeado em homenagem a seu descobridor, o astrônomo francês Jean Dominique Cassini (1625-1712). Acredita-se que o efeito gravitacional da lua Mimas é que mantenha essa lacuna entre os anéis.

Com o tempo – e em virtude das sucessivas colisões e da diferença de velocidade entre as partículas –, os anéis foram se moldando até chegar a uma inclinação próxima do zero, permanecendo em órbita na linha do “Equador” de Saturno.

Atualmente, os anéis são formados por fragmentos de poeira, rocha e gelo, cuja dimensão varia de um grão de areia ao tamanho de uma casa. Embora os anelões sejam imensos – o mais externo, por exemplo, tem cerca de 300 mil quilômetros de largura –, sua espessura não ultrapassa algumas centenas de metros.

PLANETA GASOSO
Confira a estrutura e algumas curiosidades de Saturno

- Sua atmosfera é composta sobretudo de hidrogênio misturado a pequenas quantidades de hélio e metano.

- A camada mais externa do planeta é constituída de hidrogênio gasoso.

- Há uma porção formada por hidrogênio líquido fundido a elevadas temperaturas. Em seguida vem uma camada de hidrogênio metálico. O núcleo é formado por uma densa “sopa gelada” de rocha, gelo e outros compostos como sulfeto e óxido de ferro.

- Sexto planeta a partir do Sol, Saturno é o segundo maior do sistema solar, com uma circunferência equatorial de 378,6 mil quilômetros (cerca de dez vezes a da Terra)

- Apesar de gigantesco, Saturno é o único planeta do sistema solar menos denso do que a água. Se fosse mergulhado em um oceano gigante, ele flutuaria!


Revista Mundo Estranho

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cientistas preparam-se para encontro cósmico inédito

em terça-feira, 28 de abril de 2009

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A primeira edição da Conferência de Defesa Planetária da Academia Internacional de Astronáutica será realizada de 27 a 30 de abril, em Granada, na Espanha. Entre os temas em discussão um chama a atenção: a preparação para o encontro com um asteroide.

Estudando o inimigo

Com 270 metros de diâmetro e peso de cerca de 20 milhões de toneladas, o asteroide Apophis passará próximo à Terra no dia 13 de abril de 2029. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), mesmo que não ofereça perigo real, ele representa um tipo de objeto que pode ser encarado como uma ameaça futura.

A ameaça está na combinação de tamanho com imensa energia cinética. Se o Apophis se chocasse com a Terra, os resultados seriam catastróficos. Por conta disso, os cientistas reunidos na Espanha pretendem começar a usar a visita do asteroide para reunir conhecimentos que possam ser empregados em eventos semelhantes.

O principal objetivo é usar a oportunidade para entender melhor os objetos próximos da Terra, conhecidos como NEO (Near Earth Objects).

Multidisciplinaridade e criatividade

Para isso estarão reunidos especialistas em astrometria, dinâmica orbital, caracterização física de asteroides e cometas, aerotermodinâmica, modelagem de impactos, projetistas de missões espaciais, engenheiros de sistemas e diversos outros, com a proposta de lançar um programa multidisciplinar para estudar o Apophis e os NEOs.

"Trata-se de um tema atraente para muitos pesquisadores, uma vez que em estudos a respeito de tais objetos - e em missões espaciais relacionadas a eles - são combinados diversos campos técnicos e científicos. Encontrar novas soluções ou aumentar o conhecimento sobre os NEOs exige muita criatividade. Estudar como evitar uma possível catástrofe em escala planetária é um grande desafio", disse Andrés Gálvez, gerente do Programa de Estudos Gerais da ESA e um dos organizadores da conferência.

Ideias são bem-vindas

Para ampliar o interesse no tema, a ESA está organizando um concurso voltado a jovens pesquisadores. O desafio é apresentar propostas de pesquisa que tragam contribuições importantes aos estudos de NEOs.

A imagem acima é uma proposta para lidar com um asteroide que ameace se chocar com a Terra, utilizando um raio trator eletrostático. Para conhecer mais sobre esse conceito, veja as reportagens Raio-trator gravitacional pode salvar a Terra e Raio-trator gravitacional poderá desviar asteróides.

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br

Conserto do telescópio espacial Hubble

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A próxima missão do programa dos ônibus espaciais está sendo ansiosamente aguardada pela comunidade astronômica em todo o mundo. E não é para menos. A missão é completamente voltada aos reparos do telescópio espacial Hubble e tem como objetivo fazer uma verdadeira reforma no mais importante observatório astronômico em órbita da Terra.A missão de reparos, oficialmente chamada STS-125, será a última viagem que um ônibus espacial fará com destino ao telescópio. Durante as cinco EVAs - atividades extraveiculares - programadas, os astronautas deverão instalar dois novos instrumentos, reparar outros dois equipamentos inativos e realizar uma série de substituições de componentes que farão com que o telescópio continue em operação até 2014. Durante o conserto do telescópio, um verdadeiro batalhão de engenheiros localizados em diversos Estados americanos estará dando apoio aos astronautas em todas as fases da missão. As principais instruções e comandos, no entanto, partirão do GFSC, Centro Espacial Goddard, da Nasa, onde funciona o Centro de Controle e Operações do Telescópio. Dali partirão os comandos diretamente ligados ao observatório, que permitirão que o equipamento receba as manutenções em pleno espaço.

Como será?
Entre os comandos que serão enviados pelo GSFC estará o fechamento da proteção que envolve os sistemas óticos e o reposicionamento do telescópio para que a nave Atlantis fique corretamente posicionada. Quando o ônibus espacial estiver a apenas 60 metros do Hubble, o Centro Goddard executará uma rolagem no telescópio, o que permitirá que o braço robótico da Atlantis agarre o telescópio e o traga até o compartimento de carga.Uma vez capturado, os astronautas iniciarão cinco atividades extraveiculares, também chamados passeios espaciais, com duração de seis horas e meia cada uma. Os trabalhos serão realizados externamente sempre por dois astronautas. Um deles será responsável pelas tarefas envolvendo os componentes livres de flutuação acoplados ao Hubble emquanto o segundo trabalhará conectado ao braço robótico Canadarm, que será operado por um terceiro astronauta.Para manter a segurança e evitar que flutuem para longe do ônibus espacial, os astronautas permanecerão amarrados a um dos cabos que correm ao longo do compartimento de carga. Além disso, o telescópio Hubble foi construído com corrimãos que permitem aos astronautas atingirem partes do equipamento sem correrem riscos.
Novos Instrumentos
A maioria dos componentes do Hubble, especialmente os instrumentos, foi projetada para ser facilmente removida durante as operações de reparos. Durante a missão atual, a principal prioridade será a instalação dos novos instrumentos, entre eles a Câmera de Ângulo Largo 3, WFC3 e o Espectrógrafo de Origens Cósmicas, COS.A WFC3 será o principal instrumento no estudo da energia e matéria escura, formação das estrelas e descoberta de galáxias extremamente remotas. A câmera tem capacidade de "ver" em três diferentes comprimentos de onda: ultravioleta próximo, visível e infravermelho próximo. Além disso, seus sensores têm uma gama de resposta muito maior que os instrumentos atuais a bordo do telescópio.A nova câmera será instalada no mesmo compartimento onde hoje está a Câmera Planetária de Ângulo Largo, WFPC2, que será retirada para liberar espaço para o novo instrumento.O segundo equipamento, COS, é um espectroscópio que "vê" apenas no comprimento de onda ultravioleta, capaz de decompor a luz proveniente de galáxias em evolução ou planetas em formação, permitindo aos cientistas conhecerem os elementos químicos que compõe os objetos. De acordo com a Nasa, o novo equipamento aumentará em 70 vezes a capacidade de observação de objetos muito tênues. Da mesma forma que a câmera de ângulo largo, O COS será instalado no local de outro equipamento que será substituído. Neste caso a peça a ser trocada será o COSTAR, um dispositivo instalado no Hubble durante a primeira missão de reparos em 1993 e que foi utilizada para corrigir uma imperfeição do espelho principal do telescópio. Desde a primeira missão de consertos, todos os instrumentos trocados já englobavam a tecnologia de correção, assim o Costar não é mais necessário.

Mais Tarefas
Além da instalação dos equipamentos a missão deverá substituir os giroscópios e os escudos térmicos do telescópio, além de fazer reparos e upgrades eletrônicos nos instrumentos. Entre os reparos essenciais está a Câmera Avançada de Pesquisas, ACS e Espectrógrafo Imageador STIS, parcialmente parados desde 2007 devido a um curto-circuito. A ACS é a uma das principais câmeras do Hubble e é a responsável pelas mais belas imagens captadas pelo telescópio. De acordo com a Nasa, o conserto desses dois equipamentos é comparado a uma verdadeira cirurgia cerebral, tamanha a complexidade e delicadeza da operação.

Conheça a tripulação
A missão STS-125 será comandada pelo veterano astronauta Scott Altman, auxiliado pelo novato piloto Gregory Jonhson. De acordo com a Nasa, a previsão de lançamento da missão será no dia 11 de maio, porém a data poderá ser alterada para dia 13 ou 22 de maio, dependendo das condições do tempo.



Scott Altman - Comandante. Capitão da marinha americana nasceu em 15 de agosto de 1959. É engenheiro aeronáutico e Ph.D. em ciências espaciais. Tem experiência de 840 dias no espaço.

Gregory Jonhson - Piloto. Capitão da marinha americana e bacharel em ciências espaciais. Michael Good - Especialista de missão, é coronel da força-aérea americana e mestre em ciências aeroespaciais.

Megan McArthur - Especialista de missão e operadora do braço robótico. Nasceu em 1971 no Havaí. Bacharel em engenharia espacial e Ph.D. em oceanografia. Trabalhou como CAPCOM (comunicadora de cápsula) durantes as missões dos ônibus espaciais e Estação Espacial Internacional.

John Grunsfeld - Especialista de Missão e líder das atividades externas. Mestre em ciências e Ph.D. em filosofia com especialização em física. Grunsfeld é veterano dos vôos espaciais. Já permaneceu mais de 1080 horas no espaço, realizando 5 passeios espaciais.

Michael Massimino - Especialista de Missão e atividades externas. Bacharel em Engenharia industrial e Ph.D. em engenharia mecânica. Possui 240 horas no espaço e duas atividades extraveiculares no currículo.

Andrew Feustel - Especialista de Missão e atividades externas. É mestre em ciências da Terra e Ph.D. em ciências geológicas, com especialização em sismologia. Essa é sua primeira missão ao espaço.

Apolo 11.com

sábado, 25 de abril de 2009

Olhar para o céu é coisa de menina?

em sábado, 25 de abril de 2009

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Patrícia Raposo
Para: Jornal Público
Apenas um quarto dos profissionais da astronomia são mulheres. Em certos países simplesmente não existem astronomas, a outros em que elas representam metade dos cientistas desta área. Assim, foi lançado o projeto She Is An Astronomer (Ela É Uma Astrónoma), no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Astronomia.

Jodie Foster interpretando uma radioastronoma no filme Contato

O objetivo é promover a igualdade de generos e eliminar o preconceito de que a aptidão para a ciência é predominantemente masculina.

O número de mulheres cientistas varia não só no espaço, mas também no tempo, e há uma tendência para que o número diminua à medida que se sobe de faixa etária, sugerindo que continuar numa carreira científica é uma escolha determinada por fatores sociais e culturais e não apenas pela habilidade ou aptidão das mulheres. A igualdade de oportunidades é uma prioridade na comunidade científica, independentemente da cultura dos cientistas ou da sua localização geográfica, dizem os promotores da iniciativa.

O site She Is An Astronomer (http://www.sheisanastronomer.org/) aborda questões de genero na astronomia e na ciência em geral, fornecendo informação sobre algumas astronomas, eventos que se irão realizar e bolsas a que mulheres astronomas poderão se candidatar.

O projeto foi apresentado durante a Semana Europeia da Astronomia e da Ciência na Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Explosões estelares registradas em testemunhos de gelo

em sexta-feira, 24 de abril de 2009

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Amostras de gelo têm sido utilizadas como registros históricos do clima porque a composição do gelo e das bolhas de ar nele aprisionadas fornecem um testemunho praticamente intocado de condições climáticas passadas.

Recentemente um grupo de cientistas japoneses mostrou que a mesma técnica pode ser utilizada para registrar eventos astronômicos importantes.

Em artigo publicado recentemente no arXiv.org da Biblioteca da Cornell University, Yuko Motizuki e colaboradores, do Instituto Riken, em Wako, Japão, apresentam evidências de um registro de explosões de supernovas que ocorreram há mais de mil anos, em testemunhos de gelo antártico. Em uma amostra tubular de gelo de 122 metros de comprimento obtido, em 2001, na estação Dome Fuji, na Antártida Oriental foram encontrados picos na concentração de íons de nitrato (NO3–) que coincidem com duas supernovas conhecidas do século 11: a supernova 1006, assim denominada por ter sido descoberta nesse ano e a supernova da nebulosa do Caranguejo de 1054. Supernovas próximas provocaram grande precipitação de raios gama sobre a Terra, o que pode ter elevado rapidamente os níveis de nitratos na atmosfera, o que explicaria os picos registrados nas amostras de gelo.

Um terceiro pico de nitrato revelado pela equipe japonesa, datado entre 1060 e 1080, pode ser a indicação de um evento celeste não registrado, especulam os autores. Um fragmento estelar exótico, chamado de repetidor gama, pode ter sido responsável pelo aumento misterioso do nitrato, ou uma supernova oculta por densas nuvens de poeira, ou simplesmente não ter sido visível no hemisfério norte.

A idéia de descobrir registros astronômicos, baseado em núcleos de gelo perfurados em grandes profundidades, lembram os autores, foi proposto pelo astrônomo Robert Rood, da University of Virginia, e seus colegas em um artigo da Nature, em 1979, mas a relação entre supernovas e picos de nitrato havia permanecido como mera especulação. Mesmo essa nova pesquisa teria que ser reforçada por outras correlações. – Com essa finalidade, os autores estão realizando uma revisão abrangente dos níveis de íons e das supernovas conhecidas dos últimos 2 mil anos.

fonte: Scientific American

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Compare o tamanho dos planetas nesta escala do universo

em quinta-feira, 23 de abril de 2009

19 comentários
Para que possamos comparar melhor o tamanho dos diversos astros, vamos observar algumas imagens. A primeira delas nos mostra que a Terra e Vênus tem tamanho muito parecidos. O raio equatorial da Terra é de 6378 km, enquanto o de Vênus, 6051 km. Uma diferença não muito grande.

Sequência: Terra, Vênus, Marte, Mercúrio e Plutão
Marte, por sua vez, é bem menor. Seu raio é de 3397 km, ou seja, um pouco maior que a metade do nosso planeta. Marte é 1.3 vezes maior que Mercúrio, com 2439 quilômetros de raio, que por sua vez é o dobro de Plutão, com 1160 km. Não é a tôa que Plutão foi rebaixado, não acha? A maioria dos telescópios de médio porte, usado por amadores, não consegue vê-lo. Plutão é menor que nossa Lua, que tem 1738 quilômetros de raio!

Gostou dessa comparação? Então vamos à próxima.
Ela nos mostra na sequência (Maior-Menor) os gigantes gasosos, como são conhecidos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Rochosos são Terra, Vênus, Marte, Mercurio e Plutão.

Sequência: Júpter, Saturno, Urano, Netuno, Terra, Vênus, Marte, Mercúrio, Plutão
Júpiter, o maior planeta do sistema solar, tem 71492 quilômetros de raio, 11 vezes maior que o raio do nosso planeta. Se fosse ôco, caberia mais de 2 mil Terras dentro dele! Saturno, o segundo maior planeta, não fica atrás. Seu raio é de 60268 quilômetros.

Bem menores, Urano e Netuno têm 51108 e 49538 quilômetros de raio, mesmo assim, aproximadamente 8 vezes maiores que Terra. A figura mostra bem o quanto somos pequeninos perto desses gigantes de gás!
Na sequência vemos o Sol. Seu raio, de 695 mil quilômetros é 100 vezes maior que o raio terrestre. Mesmo o gigantesco Júpiter não passa de uma bolinha de gude quando comparado ao astro-rei. Veja que a Terra, nossa bela Terra, não atinge sequer o tamanho de uma pulga!

Sequência: Sol, Júpter, Saturno, Urano Netuno, Terra, Vênus, Marte, Mercúrio e Plutão
Mas as comparações não param. Nem mesmo o Sol é tão grande quanto parece. A ilustração abaixo mostra que até ele se torna uma pequena estrela quando comparado à outros sóis, muitos anos-luz distantes. Nosso Sol não passa de uma lanterna quando comparado à Sirius, distante 25 anos-luz do nosso planeta e a estrela mais brilhente no céu noturno.


Sequência: Arcturus, Pollux, Sírius e Sol
Mas até mesmo Sirius, se comparada à grande Arcturus, perde sua majestada. Essa estrela gigante, 17 vezes maior que o Sol, põe suas concorrentes no chão e faz nosso Sol parecer uma pequena lamparina!
Mas não se iluda. No universo a briga é boa e quando você acha que já viu tudo, pode se enganar. Veja a imagem abaixo.

Sequência: Antares, Betelgeuse, Aldebaran, Rigel, Arcturus Pollux, Sírius e Sol
Agora quem parece uma pulga é a gigantesca Arcturus. Perto de Antares, uma supergigante vermelha distante 600 anos-luz da Terra, tudo parece pequeno. Antares é 700 vezes maior que nosso sol e brilha 10 mil vezes mais forte. Localiza-se no centro da constelação do Escorpião, e devido à sua coloração avermelhada, alguns astrônomos a chamam de Coração do Escorpião.

Sequência: Pistol Star e Antares
A Estrela da Pistola, situada na constelação de Sagitário e fora do alcance de nossa visão, faz com que Antares tenha o aspecto de um planeta ao seu lado.

Sequência: VV Cephei, V354 Cephei, KW Sagitarri e Pistol Star
Nessa última comparação, temos três das maiores estrelas já catalogadas e que fazem com que a Estrela da Pistola se torne um pequeno planeta. O destaque para VV Cephei, a maior conhecida até então, fez com que nosso sol literalmente desaparecesse.


Por fim, a Via Láctea, a nossa constelação, lar de aproximadamente 200 bilhões de estrelas. Comparado a ela, VV Cephei é 1,7 milhão de vezes menor do que um pixel dessa foto. Ou seja, nada.
Como deu pra notar, em um universo gigantesco, nossa Terra não é tão importante quanto imaginamos !

Fonte: Apolo11.com.br

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Nasa lança site em comemoração aos 40 anos da conquista da Lua

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No dia 20 de julho próximo será comemorado o 40º aniversário da conquista da Lua. Foi nesse dia, em 1969, que o astronauta Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a andar pelo satélite terrestre, após ter percorrido com os companheiros Buzz Aldrin e Michael Collins, a bordo da Apolo 11, os mais de 360 mil quilômetros desde a superfície terrestre.

- Um pequeno passo para o homem; um gigantesco salto para a humanidade - foram as palavras ditas por Armstrong e que imediatamente marcaram a história do século 20.

Para marcar os 40 anos da mais famosa missão espacial a Nasa, a agência espacial norte-americana, está planejando uma série de eventos e atividades durante este ano. Além de celebrar o programa Apolo, o objetivo é destacar suas conquistas e benefícios derivados do desenvolvimento tecnológico necessário para seu sucesso.

'Celebre a Apolo: Explorando a Lua e descobrindo a Terra' é o nome do projeto de divulgação de informações sobre as missões históricas, atuais e futuras da Nasa.

A agência lançou um site especial que traz a história da conquista da Lua, que para o programa norte-americano começou de forma desesperada. Após ter visto os então soviéticos enviarem para o espaço o primeiro satélite (Sputnik, em 1957), o primeiro animal (a cadela Laika, no mesmo ano) e o primeiro homem (Yuri Gagarin, em 1961), não havia outra opção para se sair bem na corrida espacial em plena Guerra Fria a não ser chegar primeiro à Lua.

Quando a União Soviética já projetava suas missões ao satélite, em 25 de maio de 1961 o então presidente norte-americano John Kennedy anunciou o ambicioso objetivo de 'levar o homem à Lua e trazê-lo de volta com segurança antes do fim da década'.

Foram precisos oito turbulentos anos, que contaram inclusive com a morte de astronautas (os três da primeira missão, a Apolo 1, em testes na plataforma de lançamento na Flórida) e do próprio Kennedy, assassinado em 1963. Mas a poucos meses do fim da década, o módulo lunar da Apolo 11 pousou com segurança na região lunar chamada, não por coincidência, de Mar da Tranquilidade.

Outras cinco missões – as Apolo 12, 14, 15, 16 e 17 – levaram astronautas para a Lua, onde colheram poeira e rochas e realizaram experiências para medir dados físicos, sísmicos, magnéticos e o vento solar na superfície. Andaram, pularam, rodaram com um jipe e até arriscaram tacadas com bolas de golfe. E, desde 1971, nunca mais retornaram. Mas a Nasa planeja voltar com missões tripuladas ao satélite na próxima década.

O site traz curiosidades como a tecnologia e a engenharia envolvidas na construção e direção do módulo lunar até a segurança da superfície. Outra curiosidade são as “árvores da Lua”, crescidas a partir de mais de 400 sementes levadas pelo astronauta Stuart Roosa – que fez parte do Serviço Florestal norte-americano – na Apolo 14. Após retornarem à Terra, as sementes foram plantadas em diversos locais dos Estados Unidos e em outros países.

Outro destaque são as muitas fotos, diversas em alta resolução, como da primeira pegada deixada por Armstrong no solo lunar, além de vídeos das missões do programa e de depoimentos de pessoas que descrevem onde estavam e o que sentiram quando viram pela televisão os primeiros passos do homem em outro corpo celeste.

Mais informações:

Cientistas anunciam descoberta de planeta extrasolar com tamanho próximo ao da Terra

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Uma equipe de pesquisadores europeus anunciou na última terça-feira (21 de abril) uma importante descoberta ligada ao estudo dos planetas extrasolares, confirmando a existência de um novo objeto orbitando ao redor da estrela Gliese 581. O novo planeta recebeu a denominação "Gliese 581 e" e é um pouco menor que o dobro da Terra.

Além da descoberta do novo astro, os cientistas também recalcularam a posição de outro objeto do sistema - Gliese 581 d - descoberto em 2007. Os números mostram que o planeta situa-se dentro da "zona habitável", o que permite que a temperatura da superfície mantenha a água em estado líquido.

As descobertas foram feitas por uma equipe internacional de pesquisadores franceses, suíços e portugueses, liderados pelo astrofísico Michael Mayor, do Observatório de Genebra, na Suíça, que utilizaram os dados do Observatório Europeu do Hemisfério Sul, ESO, localizado em La Silla, no Chile.

Gliese 581 e

O novo planeta Gliese 581 e orbita uma estrela do tipo anã vermelha distante 20.5 anos-luz da Terra, na constelação de Libra. Segundo Xavier Bonfils, colega de Mayor e co-autor do trabalho, Gliese 581 e tem 1.9 vezes o tamanho da Terra e é o mais leve dos exoplanetas já descobertos. De acordo com o cientista tudo leva a crer que seja do tipo rochoso, mas seu período de translação de apenas 3.15 dias mostra que sua distância até a estrela é muito pequena, excluindo o planeta da zona habitável.

"O objetivo máximo das pesquisas atuais com os planetas extrasolares é a detecção de um objeto rochoso, semelhante à Terra, dentro da zona habitável", disse Mayor. "Estamos a caminho. É maravilhoso saber que o primeiro objeto descoberto fora do Sistema Solar, ao redor de da estrela 51 Pégaso, aconteceu há apenas 14 anos. A massa de Gliese 581 e é 80 vezes menor, o que mostra que estamos conseguindo ver objetos cada vez menores. É um avanço e tanto", explicou o pesquisador.

Gliese 581 d

Além de Gliese 581 e, orbitam a estrela o objeto "Gliese 581 b", um gigante gasoso similar a Netuno, dezesseis vezes maior que a Terra, o objeto "Gliese 581 c", cinco vezes maior que nosso planeta, e o objeto "Gliese 581 d", com sete diâmetros terrestres. Gliese 581 d é o planeta mais distante da estrela e completa uma órbita em 66.8 dias.

Os cientistas acreditam que pelo fato de Gliese 581 d ser muito denso, não pode ser constituído apenas de rocha. No entender de Stephane Udry, também co-autor do trabalho, provavelmente Gliese 581 d seja um planeta muito frio, que migrou para perto da estrela. "Novas observações mostram que este planeta está na zona habitável e pode até mesmo estar imerso em um grande e profundo oceano. É nosso primeiro candidato a um "mundo de água", completou Udry

Apolo11

O poder dos telescópios e os objetos deixados na superfície Lunar

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Algumas vezes somos questionados sobre qual seria o melhor tipo telescópio para que seja possível ver a bandeira ou o carro deixados pelos astronautas na Lua na década de 1970. Outras vezes a pergunta recai sobre o motivo pelo qual, mesmo existindo tantos telescópios na Terra, essas mesmas fotos não são publicadas. Apesar de parecerem ingênuas à primeira vista, as perguntas são bastante interessantes e mostram como um pouquinho de conhecimento pode explicar muita coisa.
Antes de entrar em detalhes, é necessário informar que as fotos dos objetos deixados na Lua não são publicadas simplesmente porque elas não existem. E o motivo é bem simples: não existe nenhum telescópio capaz de enxergar objetos tão pequenos a uma distância tão grande. Nem o telescópio Hubble é capaz desse feito!

Para explicar o motivo que faz essa observação ser praticamente impossível é necessário conhecer dois conceitos importantes: o tamanho angular da Lua e dos objetos no céu e o poder de resolução de um telescópio. Vamos começar pelo primeiro.

Medida Angular

Em astronomia a abóbada celeste é divida em um arco de 360 partes ou graus. Cada uma dos 360 graus desse arco é divido em outras 60 partes ou minutos. Assim, o arco da abóbada tem ao todo 21600 minutos. Cada minuto desse arco também é dividido em 60 partes ou segundos, tornando a abóbada um arco composto de 1296000 segundos.

**Diagrama mostra a Lua sob a abóbada celeste e seu
diâmetro aparente em arco-minutos e real em km
Cada um dos minutos desse arco é chamado de arco-minuto ou minuto de arco enquanto cada segundo é chamado de arco-segundo ou segundo de arco. Qualquer uma dessas denominações estão corretas e podem ser empregadas sem confusões.

Tamanho da Lua


É na abóbada imaginária que estão dispostos todos objetos celestes, os planetas, as estrelas, o Sol e a Lua. Se olharmos a Lua veremos que ela ocupa aproximadamente meio grau (30 minutos) no arco dessa abóbada, ou seja, 1800 arco-segundos.

Como sabemos, a Lua tem um diâmetro de 3474 km e é praticamente esse disco que enxergamos aqui da Terra. Se este disco de 3474 km ocupa 1800 segundos, então cada arco-segundo dele equivale a 1.93 quilômetro.

Uma vez compreendido o conceito acima, vamos ao segundo ponto da questão.

A Resolução do Telescópio

Todos os instrumentos óticos, inclusive nossos olhos, têm suas limitações e um dos principais fatores que determinam a capacidade de um telescópio é chamado de "Poder de Resolução". É ele que determina o tamanho do menor objeto que se pode ver através de um telescópio.

Existem diversos métodos para se calcular o poder de resolução de um telescópio e um dos mais usados é o "Critério de Rayleigh". Para usá-lo basta dividir 139.7 pelo tamanho da objetiva em milímetros. O resultado será o poder de resolução, expresso em arco-segundos.

Como exemplo, um telescópio de 150 milímetros tem um poder de resolução de 0.93 arco-segundos (139.7/150mm), o que significa que objetos menores que isso não poderão ser vistos por este telescópio. Apenas para lembrar, a Lua tem 1800 arco-segundos.

A grosso modo, o poder de resolução de um instrumento é diretamente proporcional ao tamanho da sua abertura. Em outras palavras, quanto maior o diâmetro da objetiva ou espelho, melhor será seu poder de resolução.

Juntando tudo e mais um pouco


Como vimos no início, cada arco-segundo no disco lunar equivale a 1.93 km. Se apontarmos para ela nosso telescópio de 150 milímetros, capaz de "resolver" 0.93 arco-segundo, então o menor objeto que podemos ver com ele na superfície da Lua precisa ter no mínimo 1794 metros. Veja porque:

1 - Poder de Resolução=139.7 "dividido" por 150 mm = 0.93 arco-segundo.
2 - Resolução=1.93 km x 0.93 = 1794 metros

Ou seja, com um telescópio de 150 milímetros não dá pra ver o carro, a bandeira ou a pegada de Armstrong na Lua!

Mais força!

Mas... E se aumentarmos o diâmetro do telescópio. Que tal um caro instrumento de 300 milímetros? Bem, neste caso as coisas melhoram, mas não muito. Vejamos:

1 - Poder de Resolução=139.7 "dividido" por 300 = 0.46 arco-segundo.
2 - Resolução=1.93 x 0.46 = 898 metros

Melhorou bastante mesmo. Com um instrumento de 300 milímetros já dá para ver objetos de 898 metros, mas o carro, a bandeira ou a pegada de Armstrong... Nada feito!

Mais Potência

Vamos poupar esforços e vamos olhar a Lua com o maior telescópio que existe no mundo, o SALT, na África do Sul. Seu espelho tem nada menos que 11 metros de diâmetro, ou seja, 11 mil milímetros. Será que agora dá para ver os apetrechos lunares? Vamos ver:

1 -Poder de Resolução=139.7 "dividido" por 11000 = 0.0127 arco-segundo.

2 - Resolução=1.93 km x 0.0127 = 24.51 metros

Nada ainda... Nem com o maior telescópio do mundo é possível ver o carro, a bandeira ou a pegada de Armstrong na Lua!

Concluindo

Como deu pra perceber, não basta ter um telescópio para se ver os equipamentos deixados na Lua. É preciso que esse telescópio tenha um diâmetro muito grande, capaz de "resolver" detalhes muito pequenos. Supondo que o carro deixado na Lua tenha aproximadamente 2.5 metros de comprimento, o telescópio terá que ter aproximadamente 100 metros de diâmetro para que os instrumentos lá deixados sejam visíveis aqui da Terra. Sem dúvida, um instrumento impraticável!

A título de curiosidade, o olho humano médio tem um poder de resolução de 120 arco-segundos. Assim, quando olhamos a Lua o menor detalhe que podemos ver precisa ter no mínimo (1.93 km x 120 seg) 231 quilômetros!

Apolo11.com

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sol "quieto" intriga astrônomos

em terça-feira, 21 de abril de 2009

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O Sol passa por um de seus períodos mais quietos por quase um século, praticamente sem manchas solares (explosões na atmosfera solar) e emitindo poucas chamas.

A observação da estrela mais próxima da Terra está intrigando os astrônomos, que estão prestes a estudar novas imagens do Sol captadas no espaço na Reunião Nacional de Astronomia do Reino Unido.

O Sol normalmente passa por ciclos de atividade de 11 anos. Em seu pico, ele tem uma atmosfera efervescente que lança chamas e "pedaços" gasosos super quentes do tamanho de pequenos planetas. Depois deste pico, o astro normalmente passa por um período de calmaria.

Esperava-se que o Sol voltasse a esquentar no ano passado depois de uma temporada de calmaria. Mas em vez disso, a pressão do vento solar chegou ao seu nível mais baixo em 50 anos, as emissões radiológicas são as mais baixas dos últimos 55 anos e as atividades mais baixas de manchas solares dos últimos 100 anos.

Segundo a professora Louise Hara, do University College London, as razões para isso não estão claras e não se sabe quando a atividade do Sol vai voltar ao normal.

"Não há sinais de que ele esteja saindo deste período", disse.

"No momento, há artigos científicos sendo lançados que sugerem que ele vai entrar em um período normal de atividade em breve."

"Outros, no entanto, sugerem que ele vai passar por outro período de atividades mínimas --este é um grande debate no momento."

Mini era do gelo

Em meados do século 17, um período de calmaria - conhecido como Maunder Minimum - durou 70 anos, provocando uma "mini era do gelo".

Por isso, alguns especialistas sugeriram que um esfriamento semelhante do Sol poderia compensar os efeitos das mudanças climáticas.

Mas segundo o professor Mike Lockwood, da Universidade de Southhampton, isso não é tão simples assim.
"Quisera eu que o Sol estivesse vindo a nosso favor, mas, infelizmente, os dados mostram que não é esse o caso", disse ele.

Lockwood foi um dos primeiros pesquisadores a mostrar que a atividade do Sol vinha decrescendo gradualmente desde 1985, mas que, apesar disso, as temperaturas globais continuavam a subir.

"Se você olhar cuidadosamente as observações, está bem claro que o nível fundamental do Sol alcançou seu pico em cerca de 1985 e o que estamos vendo é uma continuação da tendência para baixo (na atividade solar), que vem ocorrendo há cerca de duas décadas."

"Se o enfraquecimento do Sol tivesse efeitos resfriadores, já teríamos visto isso a esta altura."

Meio-termo

Análises de troncos de árvores e de camadas inferiores de gelo (que registram a história ambiental) sugerem que o Sol está se acalmando depois de um pico incomum em sua atividade.

Lockwood acredita que, além do ciclo solar de 11 anos, há uma oscilação solar que dura centenas de anos.

Ele sugere que 1985 marcou o pico máximo deste ciclo de longo prazo e que o Maunder Minimum marcou seu ponto mais baixo.

Para ele, o Sol agora volta a um meio termo depois de um período em que esteve praticamente no topo de suas atividades.

Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) mostram que as temperaturas globais subiram em média 0,7º C desde o início do século 20.

As projeções do IPCC são de que o mundo vai continuar a esquentar, e a expectativa é de que as temperaturas aumentem entre 1,8º C e 4º C até o fim deste século.

Ninguém sabe ao certo como funciona o ciclo e altos e baixos na atividade solar, mas os astrônomos se veem, agora, graças a avanços tecnológicos, em uma posição privilegiada para estudar o astro-rei.

Segundo o professor Richard Harrison, do Laboratório Rutheford Appleton, em Oxfordshire, este período de quietude solar dá aos astrônomos uma oportunidade única.

"Isso é muito animador, porque como astrônomos nunca vimos nada assim em nossas vidas", disse ele.

"Temos uma sonda lá no alto para estudar o Sol com detalhes fenomenais. Com esses telescópios podemos estudar esta atividade mínima de um modo que nunca fizemos no passado."

BBC

domingo, 19 de abril de 2009

AS ESTRELAS DA BANDEIRA BRASILEIRA

em domingo, 19 de abril de 2009

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Prof. Renato Las Casas
Colaborou: Prof. Domingos Sávio de Lima Soares


A disposição das estrelas no céu, no início das noites de junho, é a mesma representada na Bandeira Brasileira.
As estrelas e as constelações representadas na nossa bandeira correspondem ao aspecto do céu na cidade do Rio de Janeiro às 8:30h do dia 15 de novembro de 1889; local e data da proclamação da república. Dia após dia, durante o ano, essa mesma disposição se repete no céu quatro minutos mais cedo.

REPRESENTAÇÃO INVERTIDA

Na nossa bandeira, o Distrito Federal e cada estado da federação estão representados por uma estrela. São portanto 27 estrelas de 8 constelações representando os atuais 26 estados e o distrito federal brasileiros.


Para identificarmos no céu essas estrelas, a primeira coisa que devemos notar é que em nossa bandeira as estrelas aparecem invertidas (espelhadas) em relação à disposição que as vemos no céu. Isso porque segundo a lei No 5.700, de 1 de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos nacionais, as estrelas na Bandeira Brasileira, devem ser consideradas como vistas por um observador "situado fora da esfera celeste".



CONSTELAÇÕES

Uma nomenclatura das estrelas, das mais utilizadas, segue a seguinte regra: Em cada constelação a estrela mais brilhante recebe o nome de Alfa; a segunda mais brilhante recebe o nome de Beta; a terceira mais brilhante de Gama; e assim por todo o alfabeto grego. Temos assim a Alfa, a Beta, a Gama, etc. do Cruzeiro do Sul; a Alfa, a Beta, a Gama, etc. de Escorpião; e assim por diante.
Apresentamos a seguir, constelação porconstelação, a representação dos estados brasileiros em nossa bandeira. Utilizamos a notação salientada acima, sendo que em alguns casos (correspondentes a algumas das estrelas mais brilhantes) apresentamos também os nomes mais tradicionais dessas estrelas.



AS ESTRELAS E OS ESTADOS

Podemos notar que de uma forma não rígida, a escolha da estrela representante de cada estado procura seguir uma correspondência entre a localização do estado no território brasileiro e a localização da estrela no céu. Assim é que os estados "centrais" do Brasil, dentre eles Minas Gerais, estão representados por estrelas do Cruzeiro do Sul; estados a oeste estão representados por estrelas do Cão Maior; etc.
Ao contrário do que muitos pensam, Alfa da Virgem, ou Spica, aquela estrela que aparece solitária sobre a faixa "Ordem e Progresso", não representa o Distrito Federal. Spica, que no céu se encontra bem ao norte, representa o estado do Pará. O Distrito Federal é representado pela Sigma do Octante, a menos brilhante de todas as estrelas da nossa bandeira. Essa estrela é tão pouco brilhante que está próxima ao limite de visualização a olho nu.

Ela contudo foi escolhida para representar o Distrito Federal por estar bem próxima ao pólo sul celeste. Sendo assim ela não apenas está sempre no céu (em qualquer dia e qualquer horário) para nós do hemisfério sul; como também vemos, durante uma noite, todas as estrelas girarem em torno dela.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Primeiro meteorito rastreado do espaço à atmosfera

em terça-feira, 14 de abril de 2009

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Fragmentos encontrados no deserto do Sudão revelaram uma trifeta perfeita para asteróides: descoberta, previsão e recuperação de fragmentos.

Em outubro passado, monitores de asteróides do Catalina Sky Survey da University of Arizona, em Tucson detectaram um pequeno objeto em rota de colisão iminente com a Terra. O asteróide, muito pequeno para representar uma ameaça real ─ alguns metros de extensão ─ tinha poucas chances de penetrar na atmosfera intacto. De fato, explodiu como uma bola de fogo na estratosfera ao norte do Sudão menos de 24 horas depois ─ num evento testemunhado por observadores no solo e pilotos de um avião da KLM ─ confirmando as trajetórias previstas pelos astrônomos.

Mas o asteróide, denominado 2008 TC3, foi uma descoberta fortuita. Entre os incontáveis pequenos objetos que atingem a atmosfera terrestre todos os anos, nenhum tinha sido detectado e rastreado antes do impacto. O bólido do Sudão também teve outro aspecto inédito: um artigo publicado na Nature, em 29 de março, relata que foram recuperados 47 meteoritos do objeto no deserto da Núbia. Peter Jenniskens, astrônomo especialista em meteoros do Instituto Seti, em Mountain View, Califórnia, e autor principal do artigo revela que outra pesquisa concluída no início de março, elevou a contagem de meteoritos para 280.

Donald Yeomans, astrônomo que gerencia o programa de Objetos Próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês) no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, Califórnia, chama o 2008 TC3 de “trifeta perfeita” (termo originário da corrida de cavalos) referindo-se à descoberta antes do impacto, previsão bem sucedida e obtenção de amostras significativas.”

A descoberta permite que astrônomos relacionem a composição química do meteorito com sua órbita e reflectância no céu durante o rastreamento. “O grande desafio na área de asteróides é associar um determinado meteorito e sua composição detalhada à um certo tipo de objeto,” observa Yeomans. “E isso foi feito sem o envio de uma missão cara para obter as amostras.”

Esse objeto, que o autor do estudo chama de Almahata Sitta (palavra árabe para Station Six, uma estação de trem no deserto, onde testemunhas observaram a bola de fogo e que serviu de base de campo para os pesquisadores), parece pertencer a um tipo raro de objetos conhecidos como asteróides classe F que compreende apenas 1,3% dos asteróides.

Em relação à composição química, Almahata Sitta é um meteorito cuja composição é única entre os conjuntos de meteoritos. Trata-se uma ureilita porosa e frágil (um tipo de meteorito relativamente raro derivado de olivina e piroxeno) contendo grafite e nanodiamantes, entre outros materiais. “Sua fragilidade” avalia Jenniskens, “ajuda a explicar porque se desintegrou em altas altitudes da atmosfera.”

Além de ser um objeto raro, sua órbita, traçada retroativamente, permitiu que os pesquisadores estabelecessem uma possível relação com um asteróide classe F maior, com 2,6 km de diâmetro, conhecido como 1998 KU2, que pode ser parente do Almahata Sita.

“Acompanhar a órbita do asteróide, mesmo que somente durante 20 horas, é 10 mil vezes melhor que apenas observar uma bola de fogo explodindo,” considera Jenniskens. “O que é maravilhoso, é que o asteróide maior permite reconstruir sua história evolutiva,” segundo o pesquisador. Assim é possível determinar a região especifica do cinturão de asteróides de onde o 2008 TC3 partiu, e que deve conter mais asteróides classe F da mesma família.

Mesmo rastreado por um curto período, o 2008 TC3 forneceu uma excelente pista sobre o local para onde se deve observar ─ e um sítio ideal para encontrar fragmentos escuros.

As primeiras amostras foram encontradas no inicio de dezembro por um grupo de 45 pesquisadores da Universidade de Kartoum. Três cientistas dessa universidade e um quarto, da Universidade de Juba, no Sudão, estão entre os co-autores do estudo.

fonte: Scientific American

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Como escolher um bom telescópio?

em quinta-feira, 9 de abril de 2009

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A escolha de um telescópio é uma tarefa relativamente simples, quando se dispõe dos conhecimentos básicos sobre quais características se deve priorizar. As informações divulgadas em diversos sites nem sempre são corretas e muitas vezes são conflitantes, aumentando a confusão, em vez de auxiliar na escolha. Muitas vezes a eleição do melhor instrumento é parcialmente subjetiva, dependendo das preferências individuais e das necessidades individuais. Se a pessoa quer um telescópio exclusivamente para observação direta, sem interesse em tirar fotos, as prioridades não são as mesmas para outra que queira principalmente usá-lo para astrofotografia. Se uma pessoa quer principalmente estudar planetas, suas prioridades também são diferentes das de uma pessoa que queira observar céu profundo e cometas. Se a pessoa quer um instrumento para viagens constantes, ou para observar o Sol, ou para alguma finalidade mais especializada, também deve adotar critérios específicos na sua escolha. Neste artigo tentaremos proporcionar uma visão geral sobre o tema, e esperamos que cada um se aprofunde nos detalhes para seu caso pessoal.

ARTIGO COMPLETO NO LINK: http://www.sigmasociety.com/como_escolher_um_bom_telescopio.pdf

Fonte: www.sigmasociety.com

sábado, 4 de abril de 2009

Asteroide está a caminho da Terra e pode colidir em 2014

em sábado, 4 de abril de 2009

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Um asteroide de pouco mais de um quilômetro de diâmetro estaria a caminho da Terra e poderia colidir com o planeta em 21 de março de 2014, segundo astrônomos da agência britânica responsável pelo monitoramento de objetos potencialmente perigosos para o planeta. Mas, ao menos na estatística, não parece ser o fim do mundo --a chance de uma colisão catastrófica é de apenas uma em 250 mil.

Chamado de 2003 QQ47, o asteroide se aproxima da Terra a uma velocidade de 32 km/s, o equivalente a 115 mil km/h. Com 1,2 quilômetro de diâmetro, ele tem um décimo da massa do meteorito que, acredita-se, levou à morte dos dinossauros há 65 milhões de anos.

O 2003 QQ47 será monitorado de perto pelas agências espaciais do hemisfério norte nos próximos dois meses. Segundo os astrônomos, as chances de impacto podem cair ainda mais conforme mais dados forem coletados. O alerta foi emitido pelo órgão depois que o asteroide foi avistado pela primeira vez, no Novo México (EUA).

O impacto de um corpo celeste dessas dimensões seria equivalente à explosão de 20 milhões de bombas atômicas semelhantes às lançadas pelos Estados Unidos contra Hiroshima há quase 60 anos, segundo um porta-voz do Centro de Informação sobre Objetos Próximos à Terra, no Reino Unido.

Asteroides como o 2003 QQ47 são pedaços de pedra que restaram após a formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. A maioria deles orbita o Sol em um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, a uma distância segura da Terra. Mas a influência gravitacional de planetas gigantes como Júpiter pode arrancar estes objetos de suas órbitas originais e lançá-los no espaço.

No site do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial norte-americana), há um simulador que mostra as órbitas da Terra e do asteroide no decorrer do tempo.
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