quarta-feira, 31 de outubro de 2012

No banco dos réus: Grande Nuvem de Magalhães

em quarta-feira, 31 de outubro de 2012

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Um das galáxias mais próximas à Via Láctea quase escapou com o roubo.

No entanto, novas simulações condenam a Grande Nuvem de Magalhães, galáxia satélite a nossa, de roubar estrelas de sua vizinha, a Pequena Nuvem de Magalhães.  E a evidência crucial veio de pesquisas que procuram objetos escuros na periferia da Via Láctea.

Os astrônomos têm acompanhado a Grande Nuvem de Magalhães caçando por evidências de enormes objetos de halo compacto, ou MACHOs. MACHOs foram pensados ​​para ser objetos fracos, aproximadamente a massa de uma estrela, mas sua natureza exata era desconhecida. Várias pesquisas procuraram MACHOs, a fim de descobrir se eles poderiam ser um importante componente de matéria escura, o material invisível que segura as galáxias juntas.

Para que os MACHOs sejam compostos de matéria escura, eles devem ser tão fracos que não podem ser detectados diretamente. Em vez disso, os astrônomos olharam para um fenômeno conhecido como microlente. Durante um evento de microlentes, um objecto próximo passa em frente a uma estrela mais distante. A gravidade do mais próximo curva o espaço-tempo dando o efeito de lente, ampliando-a e fazendo-a iluminar.

Ao estudar a Grande Nuvem de Magalhães, os astrônomos esperavam ver MACHOs dentro da Via Láctea pelas lentes de estrelas distantes da galáxia satélite. O número de eventos por micro lentes observados por várias equipes foi menor do que o necessário para explicar a matéria escura, mas muito maior do que a esperada pela população conhecida de estrelas na Via Láctea. Isso deixou os eventos observados como um quebra-cabeça e a existência de MACHOs como objetos exóticos uma possibilidade.

Os astrônomos disseram que a explicação mais provável para estes eventos foi uma sequência inédita de estrelas roubadas a partir da Pequena Nuvem de Magalhães (PNM) pela Grande Nuvem de Magalhães (GNM) durante uma colisão galáctica. Pensa-se que a massa das estrelas de primeiro plano provoque o efeito de lente gravitacional das estrelas roubadas.

"Em vez dos objectos de halo compacto, uma corrente de estrelas removidas da PNM é responsável pelos eventos de microlente. Podemos dizer que descobrimos um crime de proporções galácticas," afirma Avi Loeb do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.

"Ao reconstruir a cena, descobrimos que a GNM e a PNM colidiram violentamente há centenas de milhões de anos atrás. Foi aí que a GNM retirou as estrelas," afirma Loeb.

Os investigadores estão agora à procura de mais provas destas estrelas roubadas numa ponte de gás que liga as Nuvens de Magalhães. O estudo foi publicado online na revista Monthly Notices da Sociedade Astronómica Real.


fonte: Center for Astrophysics
Astronomia On-line



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