domingo, 30 de dezembro de 2012

Descoberto um buraco negro colossal

em domingo, 30 de dezembro de 2012

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Um grupo de astrônomos liderados por Remco van den Bosch do Instituto Max Planck de Astronomia (MPIA) descobriu um buraco negro que poderia abalar as estruturas dos modelos atuais da evolução das galáxias.

© MPIA (galáxia lenticular NGC 1277)
A imagem acima realizada pelo telescópio espacial Hubble mostra o pequeno e achatado disco da galáxia NGC 1277, que contém um dos mais maciços buracos negros centrais já encontrados. Com a massa de 17 bilhões de sóis, o buraco negro possui uma massa extraordinária, constituindo 14% da massa total da galáxia, uma massa muito maior do que os modelos atuais predizem. Este pode ser o buraco negro mais maciço encontrada até agora. Este tipo de buraco negro deveria ser encontrado em galáxias elípticas com tamanho dez vezes maior. Em vez disso, este buraco negro fica dentro de uma galáxia com disco bastante pequeno.

Se as observações forem confirmadas, os astrônomos precisarão repensar fundamentalmente os modelos de evolução das galáxias. Em particular, eles terão que olhar para o Universo primordial: A galáxia que hospeda o novo buraco negro parece ter se formado há mais de 8 bilhões de anos, e não parece ter mudado muito desde então. A criação de qualquer buraco negro gigante deve ter acontecido há muito tempo.

Sabe-se que quase todas as galáxias devem conter em sua região central um buraco negro supermassivo: um buraco negro com uma massa entre centenas de milhares e bilhões de sóis. O buraco negro massivo melhor estudado fica no centro da nossa galáxia, a Via Láctea, com uma massa de cerca de quatro milhões de sóis.

© SDSS (ambiente onde a galáxia NGC 1277 se localiza)


A galáxia NGC 1277 está localizada próximo ao aglomerado de galáxias Perseus, a uma distância de 250 milhões de anos-luz da Terra. Todas as galáxias elípticas e redondas amarelas na imagem acima são galáxias localizadas neste aglomerado. Em comparação com todas as outras galáxias em torno dele, a NGC 1277 é relativamente compacta.

Com uma massa 17 bilhões de vezes a do Sol, o buraco negro recém-descoberto no centro do disco da galáxia NGC 1277 pode até ser o maior buraco negro conhecido de todos; a massa do detentor do recorde atual é estimada entre 6 e 37 bilhões de massas solares. A grande surpresa é que a massa do buraco negro para a NGC 1277 eleva-se a 14% da massa total da galáxia, em vez de valores usuais em torno de 0,1%.

Um artigo sobre a descoberta foi relatado na revista Nature.

Fonte: Instituto Max Planck

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

As melhores fotos da última chuva de meteoros

em quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

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A chuva de meteoros gemínida ou geminídea se estendeu do dia 13 até o dia 17 de dezembro, e seu pico aconteceu no último dia 13, dando oportunidade para os fãs criarem belas imagens deste evento anual.

Confira aqui algumas das imagens produzidas neste dia, em que a taxa prevista de queda de meteoros era de 120 por hora:

Esta é uma exposição longa, de 18 minutos, feitas sobre Sussex, Nova Jersei, por Jason Jenkins

Este aqui foi fotografado por Colin Legg na Tasmânia, Austrália.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Galáxia de anel colisional

em terça-feira, 18 de dezembro de 2012

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O que faz essa galáxia ter tantos buracos negros?

© Hubble/Nick Rose (galáxia NGC 922 no visível)

Ninguém sabe ao certo. O que é certo, é que a NGC 922 é uma galáxia de anel criada pela colisão de uma galáxia grande e outra pequena a aproximadamente 30 milhões de anos atrás.

Como uma pedra que é arremessada num lago, a antiga colisão envia ondas de gás de alta densidade desde a origem do impacto, ou seja, um ponto perto do centro parcialmente condensado nas estrelas. A foto acima mostra a NGC 922, com seu belo anel complexo ao longo do lado esquerdo, como a imagem feita recentemente pelo telescópio espacial Hubble. Observações da NGC 922, feitas com o observatório de raios X Chandra, contudo, mostram alguns nós brilhantes de raios X que são provavelmente grandes buracos negros.

© Chandra (galáxia NGC 922 em raios X)

O grande número de buracos negros massivos foi algo surpreendente, assim como a composição do gás da NGC 922, que é rico em elementos pesados, que deveria ter prejudicado a formação de objetos assim tão massivos. Logicamente, muita pesquisa ainda tem que ser feita para entender as peculiaridades da NGC 922. Ela se espalha por aproximadamente 75.000 anos-luz, e localiza-se a aproximadamente 150 milhões de anos-luz de distância. Essa galáxia pode ser observada com pequenos telescópios quando apontados para a constelação da Fornalha (Fornax).

Fonte: NASA

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Rio na lua de Saturno

em sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

3 comentários

Com os dados chegando e análises realizadas percebemos que Titã é cada vez mais parecido com algo que chamaríamos de Terra primordial, a sonda Cassini detectou algo que parece ser uma versão extraterrestre miniatura do nosso rio Nilo, ele se estende a partir do que parece serem cabeceiras até um grande mar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Velocidade da Luz

em quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

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A velocidade da luz é o limite universal que não se pode ultrapassar, somente ondas eletromagnéticas alcançam esse limite.



Em setembro de 2011 uma pesquisa realizada no Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern) mostrou que neutrinos chegariam 60 nano segundos antes da luz, ao percorrer os 730 km do CERN até um laboratório na Itália. Porém o resultado que abalou um dos pilares da física não passou de erro devido há um problema no sistema de medição de fibra óptica, uma má conexão entre os cabos óticos e uma sincronização errada dos cronômetros.



Durante muito tempo acreditou-se que a propagação da luz fosse instantânea, ou seja, ela seria imediatamente vista por um observador assim que fosse emitida a partir de uma fonte, porém o cientista James Clerk Maxwell mostrou que quando a luz se propaga através de um meio, ela o faz com uma velocidade determinada.

Essa velocidade é extremamente alta quando comparada com velocidades registradas em fenômenos cotidianos, por exemplo a velocidade que o som de um raio chega a nós (340 m/s).  No vácuo, onde atinge a maior velocidade, para qualquer que seja a frequência ou cor, a luz viaja à aproximadamente:


Nesta velocidade a luz demora cerca de 8 minutos para percorrer a distância entre o Sol e a Terra.



Convencionou-se expressar as distâncias astronômicas em função dessa super velocidade, surgiu o "ano-luz", uma medida de distância que pode ser traduzida como sendo a distância percorrida pela luz no período de um ano.  A estrela mais próxima por exemplo, Alfa Centauro, está a 4,3 anos-luz de distância, ou seja, a luz que ela emitiu neste instante levará mais de 4 anos para chegar a Terra.  A maior estrela já descoberta, VY Canis Majoris, se encontra a cinco mil anos-luz de nós.


fonte: Brasil Escola

Ecos de galáxias do passado

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Uma nova classe de galáxias foi identificada com o auxílio do Very Large Telescope (VLT) do ESO, o telescópio Gemini Sul e o telescópio Canadá-França-Hawaii (CFHT).

© ESO (galáxia J2240)

Apelidadas galáxias "feijão verde” devido à sua aparência incomum, estas galáxias brilham sob a intensa radiação emitida pelo material que circunda os enormes buracos negros centrais e encontram-se entre os objetos mais raros do Universo.

Muitas galáxias têm um buraco negro gigante no seu centro, que faz com que o gás em sua volta brilhe. No caso das galáxias feijão verde toda a galáxia brilha e não apenas o centro. Estas novas observações revelam as regiões maiores e mais brilhantes já encontradas, que se pensa serem alimentadas por buracos negros centrais, muito ativos no passado mas que estão encerrando a atividade.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Gigantescos cinturões de cometas

em terça-feira, 4 de dezembro de 2012

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Graças ao telescópio espacial Herschel, da ESA, uma equipe de astrônomos descobriu dois gigantescos cinturões de cometas que rodeiam dois sistemas planetários nos quais só existem planetas pequenos.

© ESA (discos de resíduos ao redor da GJ581)

Estes cometas poderiam ter formado oceanos capazes de abrigar vida nos seus planetas interiores. 
Já se tinha descoberto, em outro estudo realizado com material recolhido pelo Herschel, que o disco de poeira que rodeia a estrela Fomalhaut se mantinha graças a uma vertiginosa taxa de colisões entre cometas.

Recentemente, confirmou-se que os sistemas planetários GJ581 e 61 Vir também albergam uma grande quantidade de resíduos de cometas.

O Herschel detetou pó frio, a uns -200°C, em tal quantidade que se pensa que estes sistemas poderiam ter pelo menos 10 vezes mais cometas que o Cinturão de Kuiper, no nosso Sistema Solar.

A GJ 581, ou Gliese 581, é uma estrela anã de tipo M, o mais comum da Galáxia. Estudos anteriores revelaram que tem pelo menos quatro planetas, e um deles numa distância propícia à estrela central na qual poderia existir água líquida na superfície do planeta. Também se confirmou a presença de dois planetas na órbita da 61 Vir, uma estrela de tipo G um pouco menos massiva que o nosso Sol.

Os planetas descobertos nestes dois sistemas são da classe conhecida como ‘Super Terras’, cobrindo um leque de massas entre 2 a 18 vezes a massa do nosso planeta.

Curiosamente, não se encontraram provas da existência de planetas do tamanho de Júpiter ou de Saturno em nenhum dos dois sistemas. 
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