sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O Universo pode ser mais velho do que parece

em sexta-feira, 31 de outubro de 2014

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David Bradley - Inderscience - 31/10/2014

Estrela mais velha que o Universo

A estrela Matusalém mereceu os olhares do
radiotelescópio ALMA já na sua inauguração.
[Imagem: DSS/STScI/AURA/Palomar/Caltech/UKSTU/AAO]

Quando os astrônomos calcularam pela primeira vez a idade da estrela HD 140283, que fica a uns meros 190 anos-luz da Terra, na constelação de Libra, eles ficaram confusos.

Esta estrela rara parece ser tão antiga que foi rapidamente apelidada de estrela Matusalém.

É uma sub-gigante pobre em metais, com uma magnitude aparente de 7,223. A estrela é conhecida há cerca de um século como uma estrela de alta velocidade, mas a sua presença em nossa vizinhança solar e sua composição estavam em desacordo com as teorias.

Além disso, a HD 140283 não era apenas uma esquisitice do início do Universo, formada pouco tempo depois do Big Bang. Na verdade, ela parece ter 14,46 bilhões de anos de idade - o que a torna mais velha do que o próprio Universo, atualmente estimado em seus 13,817 bilhões de anos (idade estimada a partir da radiação cósmica de fundo de micro-ondas).

É claro que, em última análise, revelou-se que as margens de erro na estimativa da idade da estrela Matusalém são maiores do que a pesquisa original sugeriu - os astrônomos adicionaram uma margem de erro de 800 milhões de anos. As barras de erro podem torná-la muito mais jovem, o que faz com que esteja entre os objetos estelares mais antigos conhecidos no Universo, mas, certamente, dentro dos limites de tempo desde o Big Bang.

Mas, o que dizer desse igualmente possível limite superior de idade? Existe a possibilidade de que esta estrela possa de alguma forma ser tão antiga quanto as medidas originais sugeriram, mas ainda estar "deste lado do Big Bang"?

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

É possível comprovar a aceleração do Universo?

em quarta-feira, 22 de outubro de 2014

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Com informações da APS

A observação direta da aceleração do Universo pode ser obtida medindo variações de velocidade em nuvens de hidrogênio intergalácticas.[Imagem: APS/Alan Stonebraker/Wikimedia Commons/Diceman Stephen West]

Hipóteses não comprovadas


Depois dos questionamentos lançados sobre a inflação pós-Big Bang, agora é a vez de os astrofísicos tentarem se livrar dos incômodos ligados à aceleração cósmica.

O principal suporte observacional para a teoria da aceleração do Universo vem de dados coletados de supernovas.

Em 1998, astrônomos detectaram que algumas supernovas emitem uma luz fraca demais - portanto, estão mais distantes de nós do que seria esperado. Isso implica que o Universo está se acelerando, e não desacelerando, como as interações gravitacionais normais levavam a prever.

No entanto, esta conclusão pressupõe tanto a validade da relatividade geral de Einstein, quanto uma hipótese não comprovada - a de que o Universo seria homogêneo - a fim de derivar equações que relacionam a distância à velocidade e à luminosidade.

Três pesquisadores chineses afirmam agora que é possível escapar dessas indefinições usando radiotelescópios, que podem fornecer uma "observação mais direta" da aceleração do Universo medindo variações de velocidade em nuvens de hidrogênio intergalácticas.

Eles propõem algumas modificações na coleta de dados desses radiotelescópios, que seriam necessárias para alcançar uma medição da aceleração suficientemente precisa.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Apareceu um mistério no Aglomerado de Perseu

em sexta-feira, 10 de outubro de 2014

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Imagine uma nuvem de gás na qual cada átomo seja uma galáxia inteira - o aglomerado Perseu é algo assim. [Imagem: NASA]

Aglomerado de Perseu


O Universo é um lugar grande, cheio de incógnitas. Mais uma delas acaba de ser catalogada com a ajuda do observatório de raios-x Chandra, da NASA.

"Eu não podia acreditar nos meus olhos. À primeira vista, o que descobrimos não pode ser explicado pela física conhecida," disse Esra Bulbul do Centro de Astrofísica da Universidade de Harvard.

Juntamente com uma equipe de mais meia dúzia de colegas, Bulbul vem utilizando o Chandra para explorar o aglomerado de Perseu, um enxame de galáxias a aproximadamente 250 milhões de anos-luz da Terra.

Imagine uma nuvem de gás na qual cada átomo seja uma galáxia inteira - o aglomerado Perseu é algo assim. É um dos objetos de maior massa conhecidos no Universo.

O agrupamento em si é imerso em uma enorme "atmosfera" de plasma superaquecido - e é aí que reside o mistério.
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