terça-feira, 4 de agosto de 2015

Descoberta aurora polar fora do Sistema Solar

em terça-feira, 4 de agosto de 2015

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Com informações da BBC

Aurora fora do Sistema Solar
Brilho luminoso se parece com o das auroras polares,
mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem a cor
vermelha, e não verde como nas auroras terrestres.[Imagem:
Chuck Carter/Gregg Hallinan/Caltech]


Uma equipe internacional de astrônomos identificou pela primeira vez um fenômeno semelhante às auroras polares da Terra fora do Sistema Solar.

Auroras brilhantes são alguns dos fenômenos mais deslumbrantes da Terra. Este brilho luminoso também pode aparecer em torno de todos os planetas do nosso Sistema Solar. Eles ocorrem quando partículas eletricamente carregadas, arremessadas pelo Sol, interagem com a atmosfera do planeta.

A luz foi detectada ao redor de uma anã marrom na constelação de Lira. O brilho se parece com o das auroras polares - auroras boreais ocorrem ao redor do Pólo Norte, enquanto auroras austrais ocorrem ao redor do Pólo Sul -, mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem predominância da cor vermelha, e não verde, como nas auroras terrestres.

A aurora na anã marrom, chamada LSRJ1835, é majoritariamente vermelha porque as partículas carregadas estão interagindo principalmente com o hidrogênio na sua atmosfera. Na Terra, o brilho esverdeado é causado conforme os elétrons do Sol atingem os átomos de oxigênio.


Origem das auroras


No entanto, os cientistas ainda estão confusos sobre como o show de luzes é gerado, uma vez que uma anã marrom é considerada uma "estrela que falhou" e não há outra estrela de pleno direito nas proximidades para arremessar as partículas carregadas.

"É possível que o material esteja saindo da superfície da anã marrom para produzir seus próprios elétrons", disse Stuart Littlefair, astrônomo da Universidade de Sheffield.

Outra opção é que um planeta ou lua ainda não identificado ao redor da anã marrom esteja expelindo material para gerar as luzes. Algumas auroras de Júpiter são produzidas dessa forma, quando partículas carregadas são emitidas por vulcões em suas luas.

Meio planeta, meio estrela


A descoberta também está ajudando os astrônomos a entenderem melhor as anãs marrons.

Existe uma grande controvérsia entre os astrônomos sobre a definição delas como estrelas ou como planetas.

"Se você está trabalhando com anãs marrons, faz diferença se você as considera estrelas pequenas ou planetas grandes," afirma Littlefair. "Nós já sabemos por observações em anãs marrons que elas têm nuvens na atmosfera. Agora, sabemos que elas também têm auroras, então temos uma razão ainda maior para considerar uma anã marrom como uma versão de maior escala dos planetas do que uma versão de menor escala das estrelas."


Bibliografia:

Magnetospherically driven optical and radio aurorae at the end of the main sequence
G. Hallinan, S. P. Littlefair, G. Cotter, S. Bourke, L. K. Harding, J. S. Pineda, R. P. Butler, A. Golden, G. Basri, J. G. Doyle, M. M. Kao, S. V. Berdyugina, A. Kuznetsov, M. P. Rupen, A. Antonova
Nature
Vol.: 523, 568-571
DOI: 10.1038/nature14619


Fonte: Inovação Tecnológica

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