Se você pensa que o meteoro que rasgou o céu da Rússia, no último dia 15 de Fevereiro de 2013 foi algo extraordinário e que acontece raramente no planeta Terra, é melhor você repensar seus conceitos.
Um mapa interativo que pode ser acessado nesse link mostra o local, o tamanho e a composição química de cada asteroide e meteoro que caiu na Terra, desde 2300 A.C.
O mapa foi criado por Javier de la Torre, um blogueiro em Nova York e cofundador da companhia de mapeamento CartoDB. Como algo vindo de uma Guerra Termonuclear ou de uma central de comando de mísseis, o mapa cobre os continentes da Terra com círculos coloridos com base no tamanho e na frequência dos impactos de meteoros. De la Torre, usou dados do Meteoritical Society para gerar o mapa.
De acordo com o mapa, as costas leste e oeste dos EUA ficaram por milênios livre da ação dos meteoros. Já o meio oeste e o sul, contudo, parecem ter tido uma frequência muito maior de visitas das rochas cósmicas.
Infelizmente nem todos os impactos são mostrados com precisão de escala. Encontre, por exemplo, o asteroide Chicxulub, alguns pensam que poderia até ter sido um cometa. Ele é representado por um pequeno ponto na Península de Yucatan no México, um pouco acima de Merida. O ponto é aparentemente pequeno pois não existem dados suficientes sobre como foi o impacto e onde ocorreu o impacto do Chicxulub.
Mas não deixe o tamanho do ponto enganar você. Esse, por exemplo, foi o meteoro responsável pela extinção dos dinossauros a aproximadamente 66 milhões de anos atrás.
Falando um pouco do Brasil. O primeiro ponto interessante é observar que toda região amazônica é um grande vazio para os meteoros. Isso é intrigante, pois, como toda grande e vasta região do mundo, a Amazônia, deveria ser um local com grandes registros de meteoros, da mesma maneira que é uma das maiores regiões do mundo em incidências de raios. A explicação para o fato da ausência de meteoros pode ser o fato da mata fechada ser de difícil acesso para se encontrar uma rocha espacial, além disso, existe na Amazônia, uma sedimentação diferenciada, sedimentação essa causada pela queda de folhas das árvores, isso poderia rapidamente esconder qualquer vestígio de um meteoro em solo da região amazônica.
Ao dar um zoom no Brasil, dois eventos logo chamam a atenção. Um deles é conhecido meteoro de Bendegó, que caiu perto da cidade de Senhor do Bomfim em 1784. O outro registro em solo brasileiro que chama a atenção é em Santa Catarina. Esse meteoro caiu perto de São Francisco do Sul em 1875. Comparando a massa de ambos o de Santa Catarina é muito maior. Além disso esse meteoro de Santa Catarina está entre os 20 maiores de todo o mundo nesse período (http://osm2.cartodb.com/tables/2320/public).
Esse é um excelente trabalho, que mostra a todos que fizeram do meteoro russo algo de outro mundo, que o planeta Terra sempre foi e sempre será bombardeado por bólidos celestes.
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