Uma dupla de astrônomos anunciou ontem a descoberta de um par de buracos negros negros gigantes, orbitando um o outro, no centro de uma galáxia. Essa estrutura binária, até então concebida apenas em teoria, pode ajudar a entender como se formam esses monstros galácticos, que tem massas de até 100 mil vezes a do Sol, e onde a gravidade é tão grande que nem a luz pode escapar.
O fenômeno, que ainda carece de confirmação definitiva, foi detectado de maneira indireta por Todd Boroson e Tod Lauer, do Observatório Nacional de Astronomia Óptica, do Arizona. Astrônomos independentes, porém, dão crédito à descoberta e dizem que ela ajuda a entender a evolução das galáxias, já que se acredita que todas tenham ao menos um grande buraco negro central.
Apesar de difíceis de detectar, buracos negros binários devem ser relativamente comuns nas galáxias que estão em fusão, já previam os teóricos. Nenhum astrônomo, porém, tinha efetivamente visto isso.
A distância entre os dois buracos negros detectados agora --0,3 ano-luz-- é pequena: apenas um décimo da distância do Sol à estrela mais próxima. Eles orbitam um o outro, como duas pessoas de mãos dadas girando. Um impede o outro de ser jogado para fora, unidos pelos 'braços' da força gravitacional.
A teoria diz que em algum momento eles se unirão num evento com nível absurdo de energia. Em 2006, a Nasa fez uma simulação computacional sobre como isso poderia ser. Um evento desses envolveria mais energia do que o brilho de todas as estrelas do Universo juntas. Ondas gravitacionais se afastariam à velocidade da luz e o espaço ao redor "tremeria".
A hipótese de que essas megatrombadas podem mesmo acontecer se fortalece agora com o trabalho de Boroson e Lauer. Isso também pode ajudar a entender como se formam os buracos negros do núcleo de uma galáxia --muito maior do que o tipo que existe na periferia dela, remanescente da morte de uma única estrela.
"Ninguém sabe muito bem como os buracos negros supermaciços se formam", diz Laerte Sodré Jr., astrônomo da USP.
Boroson e Lauer descrevem em estudo hoje na revista "Nature" como conseguiram detectar os dois buracos negros. Não é algo trivial, já que eles não emitem luz direta.
A matéria que se agrega em torno de um buraco negro antes de ser engolida definitivamente, porém, emite ondas eletromagnéticas, e cada buraco negro se relaciona com uma frequência de onda diferente, como se fossem cores distintas.
Ao ver frequências diferentes sendo emitidas do núcleo da galáxia estudada, concluíram que há uma dupla de superburacos negros lá.
Fonte Folha Online
O fenômeno, que ainda carece de confirmação definitiva, foi detectado de maneira indireta por Todd Boroson e Tod Lauer, do Observatório Nacional de Astronomia Óptica, do Arizona. Astrônomos independentes, porém, dão crédito à descoberta e dizem que ela ajuda a entender a evolução das galáxias, já que se acredita que todas tenham ao menos um grande buraco negro central.
Apesar de difíceis de detectar, buracos negros binários devem ser relativamente comuns nas galáxias que estão em fusão, já previam os teóricos. Nenhum astrônomo, porém, tinha efetivamente visto isso.
A distância entre os dois buracos negros detectados agora --0,3 ano-luz-- é pequena: apenas um décimo da distância do Sol à estrela mais próxima. Eles orbitam um o outro, como duas pessoas de mãos dadas girando. Um impede o outro de ser jogado para fora, unidos pelos 'braços' da força gravitacional.
A teoria diz que em algum momento eles se unirão num evento com nível absurdo de energia. Em 2006, a Nasa fez uma simulação computacional sobre como isso poderia ser. Um evento desses envolveria mais energia do que o brilho de todas as estrelas do Universo juntas. Ondas gravitacionais se afastariam à velocidade da luz e o espaço ao redor "tremeria".
A hipótese de que essas megatrombadas podem mesmo acontecer se fortalece agora com o trabalho de Boroson e Lauer. Isso também pode ajudar a entender como se formam os buracos negros do núcleo de uma galáxia --muito maior do que o tipo que existe na periferia dela, remanescente da morte de uma única estrela.
"Ninguém sabe muito bem como os buracos negros supermaciços se formam", diz Laerte Sodré Jr., astrônomo da USP.
Boroson e Lauer descrevem em estudo hoje na revista "Nature" como conseguiram detectar os dois buracos negros. Não é algo trivial, já que eles não emitem luz direta.
A matéria que se agrega em torno de um buraco negro antes de ser engolida definitivamente, porém, emite ondas eletromagnéticas, e cada buraco negro se relaciona com uma frequência de onda diferente, como se fossem cores distintas.
Ao ver frequências diferentes sendo emitidas do núcleo da galáxia estudada, concluíram que há uma dupla de superburacos negros lá.
Fonte Folha Online
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