Concepção artística mostra a nave espacial MAVEN, da NASA, orbitando Marte. A missão deverá ser lançada no final de 2013. |
Se não for lançada até dezembro a nova missão a Marte será adiada para 2016
Por Mike Wall e SPACE.com
A inatividade parcial congelou os preparativos para o lançamento da nave espacial Mars Atmosphere and Volatile Evolution, conhecida como Maven, programado para 18 de novembro a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral na Flórida. A sonda tem até 7 de dezembro para decolar; depois disso terá de esperar 26 meses para um novo alinhamento propício entre os dois planetas.
A atual situação é preocupante, mas ainda não é hora de entrar em pânico, afirmam os membros da equipe Maven. [Para saber mais sobre como a paralisação do governo afetará a ciência e a saúde visite o site http://www.livescience.com/40075-how-shutdown-will-impact-science.html (em inglês)]
“É claro que estamos preocupados, mas temos uma margem de folga em nosso cronograma. Mas a equipe está absolutamente empenhada em decolar nessa oportunidade de lançamento”, comentou o principal pesquisador da equipe Maven Bruce Jakosky, da University of Colorado em Boulder. “Se isso significa trabalhar em turnos dobrados, sete dias por semana, faremos isso”.
A missão, de US$ 650 milhões, foi projetada para ajudar cientistas a entender como a atmosfera fina, saturada de dióxido de carbono, de Marte mudou ao longo do tempo. No momento a sonda se encontra em uma chamada sala limpa (um ambiente controlado, com baixíssimo nível de poluentes) no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida, aguardando novas checagens e testes pré-lançamento.
“A equipe está verificando se o hardware é seguro, se está em estado estável e conhecido, para que não tenhamos que nos preocupar com ele enquanto estiver desligado, podendo acessá-lo quando estivermos reconectados de novo”, informou Jakosky ao website SPACE.com.
Jakosky e toda a equipe do Maven esperam que a paralisação federal seja solucionada rapidamente. A medida entrou em vigor à meia-noite do dia 1 de outubro no fuso horário EDT (equivalente ao horário de verão nos Estados Unidos), depois que o Senado e a Câmara dos Deputados não conseguiram entrar em acordo sobre um projeto de lei de gastos emergenciais.
“De certa forma, cada dia é ouro, como nosso gerente de projeto tem dito”, observou Jakosky. “Se isso se prolongar por mais que alguns dias, começarei a ficar muito mais preocupado. Estou preocupado agora, mas não estou em pânico”.
A paralisação tem efeitos de longo alcance na Nasa, forçada colocar todos os seus 18 mil funcionários, exceto uns 550, em licença não remunerada e suspender a maioria de suas operações.
A agência espacial continua protegendo a saúde e a segurança dos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional e está mantendo as sondas científicas atualmenteem operação. Masmissões futuras como a Maven não têm tanta sorte.
O efeito da paralisação nas vidas pessoais não deve ser perdido de vista em meio à especulação sobre possíveis atrasos no lançamento e outros impactos da missão, frisou Jakosky. “As pessoas estão de licença; elas não estão sendo remuneradas agora. Isso afeta as vidas pessoais, as famílias”, disse ele. “Se essa situação persistir por muito tempo, as pessoas serão prejudicadas por isso”.
Fonte: Scientific American
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