Nebulosa da Hélice expele material cósmico enquanto sua vida termina.
Objeto está localizado a 650 anos-luz da Terra, na constelação de Aquário.
Uma estrela anã branca que está morrendo foi detectada em uma imagem combinada dos telescópios Spitzer e Wise, da agência espacial americana (Nasa), e Galaxy Evolution Explorer (Galex), do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena.
O astro, chamado Nebulosa da Hélice ou NGC 7293, expele material cósmico e, em enquanto sua vida termina, tem um brilho potencializado pela intensa radiação ultravioleta do núcleo. O objeto fica a 650 anos-luz da Terra, na Constelação de Aquário.
Os dados infravermelhos do Spitzer aparecem, na foto abaixo, na parte central, em verde e vermelho; os do Wise estão em verde e vermelho nas áreas externas; e as informações ultravioleta do Galex, em azul.
Nebulosa da Hélice é uma estrela que atravessa o último estágio de sua vida (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
O brilhante círculo roxo no centro da imagem é uma combinação de registros do disco de poeira que circula a anã branca. Esse pó foi provavelmente lançado por cometas que sobreviveram à morte de sua estrela original.
A Nebulosa da Hélice é um exemplo típico de nebulosas planetárias, que foram descobertas no século 18 e batizadas assim de forma incorreta, por sua semelhança com planetas gasosos gigantes. Esses corpos celestes são, na verdade, restos de estrelas que um dia se pareceram com o nosso Sol.
Ao longo da vida, astros como esse transformam gás hidrogênio em hélio, em reações de fusão nuclear dentro deles. Esse processo é o mesmo que nos fornece a luz e o calor necessários para a vida na Terra, por exemplo. Assim como a Nebulosa da Hélice, o Sol também deve "agonizar" como uma nebulosa planetária, quando morrer após 5 bilhões de anos.
Quando o combustível de hidrogênio necessário para a reação se esgota, a estrela usa apenas o hélio como fonte de combustível, queimando-o em uma mistura de carbono, nitrogênio e oxigênio.
Finalmente, o hélio também se esgota e a estrela morre, desprendendo suas camadas gasosas externas. Sobra apenas o pequeno, quente e denso núcleo, chamado de anã branca. A anã branca tem mais ou menos o tamanho da Terra, mas uma massa próxima ao da estrela original.
Antes de essa estrela morrer, seus cometas e possivelmente planetas teriam estado em sua órbita de forma ordenada. Quando a estrela deixou de queimar hidrogênio e explodiu suas camadas exteriores, corpos celestes gelados e planetas externos teriam sido jogados uns contra os outros, levantando uma tempestade de poeira cósmica. Qualquer outro planeta dentro do sistema também teria sido queimado ou engolido durante a evolução da estrela.
Fonte: Notícias
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