A famosa "escada de distâncias cósmicas", usada para medir a taxa de expansão do Universo, é formada por uma série de estrelas e outros corpos celestes com distâncias conhecidas.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Expansão e aceleração da expansão
Usando o Telescópio Espacial Spitzer, astrônomos fizeram a medição mais precisa já realizada da constante de Hubble.
O número indica a velocidade com que o Universo está se expandindo.
A constante de Hubble homenageia o astrônomo Edwin Hubble, que confirmou os dados do seu colega Georges Lemaitre, que foi quem descobriu que o Universo tem-se expandido desde sua origem.
No final dos anos 1990, astrônomos descobriram que esta é apenas metade da história: além de estar se expandindo, a expansão do Universo está se acelerando.
Esta descoberta rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2011:
A determinação da taxa de expansão é fundamental para a compreensão da idade e do tamanho do Universo.
Constante de Hubble
Ao contrário do Telescópio Espacial Hubble, que vê o cosmos em luz visível, o Spitzer enxerga a radiação infravermelha, que foi usada para fazer a nova medição.
Isto melhora por um fator de 3 o estudo pioneiro feito pelo Hubble, trazendo a incerteza para 3%, um salto enorme de precisão para medições cosmológicas.
O novo valor apurado para a constante de Hubble é 74,3 mais ou menos 2,1 quilômetros por segundo por megaparsec - 1 megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz.
O valor anterior da constante de Hubble era de 72 quilômetros por segundo por megaparsec, com incerteza de 10%.
Além disso, os resultados foram combinados com dados publicados pela sonda espacial WMAP para obter uma medição independente da energia escura, um dos maiores mistérios do cosmos.
A teoria mais aceita atualmente estabelece que a energia escura está vencendo a batalha contra a gravidade, esticando o tecido do Universo.
Bibliografia:
Carnegie Hubble Program: A mid-infrared calibration of the Hubble constant
Wendy L. Freedman, Barry F. Madore, Victoria Scowcroft, Chris Burns, Andy Monson, S. Eric Persson, Mark Seibert, Jane Rigby
The Astrophysical Journal
Vol.: 758, N.1
DOI: 10.1088/0004-637X/758/1/24
Fonte: Inovação Tecnológica
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